16 de agosto de 2009

Biografia de Miguel de Cervantes:


Miguel de Cervantes Saavedra passou a infância na cidade de Valladolid (Espanha) e estudou em Madri e Sevilha, mas não chegou a concluir nenhum curso.

Em conseqüência da vida nômade do pai, que era cirurgião, ingressou no Exército e lutou na batalha naval de Lepanto, contra o império turco, onde teria perdido o braço esquerdo -há divergências entre os historiadores e biógrafos em relação a essa passagem. Alguns especialistas na vida de Cervantes dizem que o escritor sofreu apenas um ferimento grave no braço e perdeu os movimentos da mão.

Também combateu na África, onde foi capturado e levado pelos turcos para Argel. Depois de ficar cinco anos detido, Cervantes retornou para Madri e começou a trabalhar como comissário de víveres do rei Felipe 2º. Paralelamente ao trabalho, ingressou na literatura publicando alguns poemas e a novela "La Galatea" em 1585, quando se casou com Catalina de Salazar, 22 anos mais nova e com a qual manteve uma convivência matrimonial de apenas um ano.

Como não obteve sucesso em sua incursão como escritor, Miguel de Cervantes foi para a região da Andaluzia trabalhar como cobrador de impostos do governo. Após dez anos exercendo a atividade, foi preso em Sevilha, sob a acusação de roubar parte dos tributos arrecadados.
Outro fato que marcou a sua formação aconteceu na Itália, quando trabalhou como serviçal para um cardeal. Na época, o país estava em ebulição com a chegada do Renascimento, um movimento artístico que revelou celebridades como Rafael, Leonardo da Vinci e Michelangelo.

Somente aos 58 anos, com a publicação da primeira parte do livro "Dom Quixote", Cervantes conseguiu a consagração como escritor e passou a se dedicar exclusivamente à literatura. A obra narra as aventuras de um fidalgo (Dom Quixote) e seu fiel escudeiro (Sancho Pança). Com todo o tempo para escrever, Miguel de Cervantes produziu uma série de 12 contos denominada "Novelas Exemplares" (1613), o livro "Viagem ao Parnaso" (1614) e uma coletânea com as suas melhores peças de teatro, "Oito Comédias e Oito Intermédios" (1615).

A história de "Dom Quixote" atravessou os séculos e continua atraindo leitores de todo o mundo. No mesmo ano em que foi lançada, a obra ganhou seis edições, fato muito raro para a época. Além disso, o livro se transformou em fonte de inspiração para outras criações literárias, como filmes, novelas, peças teatrais, óperas, balés e desenhos animados. Dois gênios da pintura espanhola, Salvador Dalí e Pablo Picasso, tentaram transportar para o visual os personagens criados por Cervantes. A influência do livro maiôs conhecido do escritor espanhol é tão grande que existe um adjetivo para classificar pessoas que são extremamente sonhadores e idealistas -quixotesco.

O grande sucesso de crítica e público de "Dom Quixote" trouxe problemas para o autor. Uma pessoa não identificada, usando o nome falso de Alonso Fernandez Avellaneda, publicou a suposta segunda parte da obra.
Revoltado com a falsificação, Cervantes, em 1616, no mesmo ano de sua morte, lançou a segunda parte do romance, em que o humor cede lugar à sátira. Precursor do realismo na Espanha, Cervantes teve a sua obra literária foi completada postumamente, com a edição de "Os Trabalhos de Persiles e Sugismunda" (1617).
Curiosidades:
Ele morreu na mesma data que o autor inglês Willian Shakespeare.

Resumo da Obra:

Na província de Mancha, Espanha, vive um ingênuo fidalgo espanhol, chamado dom Alonso Quixano. que de tanto ler histórias de cavaleiros medievais confunde fantasia e realidade, e decide se tornar, ele também, um cavaleiro andante e sai pelo mundo acreditando em seus delírios. Trata-se de um ingênuo senhor cinqüentão, que vivia na zona rural. Tinha nome nobre, porém, poucas posses. Vivia em um velho casarão, com uma jovem sobrinha, uma governanta e um rapaz que cuidava da fazenda. A casa, além de uma extensa biblioteca, sendo os livros, a maioria de cavalaria, era toda ornamentada com escudos e lanças antigos, o que talvez tenha sido elementos fundamentais que levaram o personagem principal a enfrentar sérios problemas. Para tanto, recorre a uma armadura enferrujada que fora de seu bisavô, confecciona uma viseira de papelão e se auto-intitula Dom Quixote de La Mancha.

A princípio, sai sozinho de casa. Seu plano era andar pelo mundo, desfazendo injustiças, salvando donzelas e combatendo gigantes e dragões. Como todos os cavaleiros tinham uma amada, ele precisa de uma dama a quem honrar ,para dedicar suas aventuras heróicas, D. Quixote não tinha, mas inventou uma. Lembrou-se que, anos atrás, estivera interessado em uma camponesa , guardadora de porcos , chamada Aldonça, que vivia na aldeia de Toboso. Era feia, desajeitada e analfabeta, mas o cavaleiro mudou seu nome para Dulcinéia del Toboso e passou a fantasiar que ela era mais bela que todas as damas e princesas dos livros.. Depois de tomar essas providências, monta em seu decrépito pangaré, Rocinante e foge de casa em busca de aventuras. Essas duas figuras, ao contrário dos super-heróis, sonham, têm esperança e fracassam, o que os torna tão humanos.

Após um dia inteiro de caminhada sob o sol, depara com uma estalagem, que em sua mente perturbada se converte num castelo, onde pede para ser ordenado cavaleiro pelo estalajadeiro, que quase não consegue conter o riso. No dia seguinte, ao investir contra o grupo de comerciantes que vê como adversários, cai de rocinante e tem seu corpo moído por pauladas. Um conhecido da aldeia encontra o cavaleiro, entre gemidos e lamentos, e o conduz novamente à sua casa.Seguindo aos conselhos do Pe. Tomás e do barbeiro Nicolau, a ama e a sobrinha queimam seus livros e lacram a porta da biblioteca.

Quando os amigos de Dom Quixote descobrem a causa de sua “insanidade”, decidem por acabar de vez com ela, queimando todas as suas novelas de cavalaria. Por outro lado, ao agir desta forma, a sociedade comprova seu poder, eliminando algo que possa causar mais problemas futuros, que possa incomodá-la. Morte do personagem - Dom Quixote, inconsciente de seus atos, não percebe o desgaste de seu corpo e, infelizmente, como ele próprio afirma, só retorna à realidade quando já está nos momentos finais de sua vida. Morre arrependido, mas em paz por tê-la feito a tempo.

Enquanto todos acham que a estratégia da destruição dos livros havia sido um sucesso, Dom Quixote, pensando tratar-se de uma magia de algum cruel feiticeiro, resolve voltar à aventura, agora acompanhado do escudeiro Sancho Pança: um ingênuo e materialista lavrador, que aceita seguir o fidalgo pela promessa de uma ilha para governar. Sancho Pança, seu fiel escudeiro, embora tenha uma visão prática das coisas, é fascinado pela imaginação de seu amo. As viagens se sucedem sob a alucinação de quem está vivendo no tempo da cavalaria.

Viveu várias aventuras antes de retornar à Mancha. Numa delas quase foi esmagado, junto com Sancho, por uma enorme roda de um moinho d’água. Cismou que um barquinho sem remo, que se encontrava às margens do rio Ebro, era encantado e o levaria até uma fortaleza próxima, onde havia um valente cavaleiro, o qual ele iria libertar.

Na batalha conta o "exército de ovelhas" é relatado o encontro de Dom Quixote com dois rebanhos de ovelha. O cavaleiro, com todo o seu sonho, criou paisagens, personagens que não existiam, atribuindo-lhes armas, coroas e escudos. Foi então que o "herói" avançou em direção ao rebanho e foi surrado pelos pastores e pelas próprias. Outra aventura da dupla, aconteceu quando uma duquesa os encontrou por acaso, às margens de um outro rio. Quando os mesmos se apresentaram ela os reconheceu. Lembrou-se de um livro que um anônimo escreveu sobre a história deles e que circulava por todas as feiras da Espanha. Ela teve a idéia de se divertir com as maluquices dos dois e disse-lhes que teria um enorme prazer em recebê-los como hóspedes em seu castelo. Apesar de estarem sendo enganados e sendo objetos de escárnio para o casal de duques e seus convidados, sem saber é claro, tiveram um tratamento que fazia jus ao papel que fantasiosamente se auto-atribuíram. Foram recebidos com festa e tratados com todas as honras e solenidades que eram narradas nos livros de cavalaria. Até uma ilha Sancho ganhou para governar. Entretanto, os duques, criados e convidados criaram tantas situações constrangedoras e difíceis que Sancho renunciou ao cargo de governador da ilha. Depois de tantas aventuras e desventuras D. Quixote resolveu voltar à Mancha.

Ao final da segunda parte do livro, Dom Quixote volta à razão , renuncia aos romances de cavalaria e morre como piedoso cristão. reuniu a sobrinha, empregados e amigos e, bastante debilitado, mesmo depois de um longo repouso e acompanhamento médico, acordou de um longo sono e anunciou que a loucura o havia deixado e voltou a ser Dom Alonso Quixano. Decidiu fazer seu testamento, pois sentia a morte aproximar-se. Deixou as terras para a sobrinha, uma quantia em dinheiro para a governanta e Sancho e, aos amigos, a lembrança de que, apesar da loucura, viveu cheio de dignidade e bondade. Assim morre como piedoso cristão. um herói que, na sua loucura, foi tão corajoso quanto os verdadeideiros heróis.

12 de agosto de 2009

Tipo de narrador:

O narrador de” Dom Quixote” é denominado como narrador observador. No entanto, parece que o narrador não apenas conta a história, mas participa do enredo, dando sua opinião e fazendo o leitor crer que as peripécias de Dom Quixote sejam verdadeiras. Esta interpretação é até citada no decorrer da história. O narrador dá a impressão de atuar como um jornalista, acompanhando os passos do “herói” e divulgando suas anotações em tempo real.

O autor retrata no livro, o comportamento da sociedade diante de um fato diferente, que considera Dom Quixote uma pessoa louca, fora dos padrões considerados normais. Ele também é influenciado por esta sociedade, por meio dos livros, que o hipnotizam e o transformam num personagem “vivo”.

Interessante é o fato de Miguel de Cervantes utilizar esse artefato da hipnose literária a fim de convencer o leitor da veracidade de Dom Quixote de La Mancha, o Cavaleiro da Triste Figura.

Personagens principais e secundários:


Cenários:















La Mancha é uma região natural do centro da Espanha, na comunidade autônoma de Castilla-La Mancha, que ocupa boa parte das províncias da Albacete, Ciudad Real, Cuenca e Toledo.

Tem uma extensão de mais de 30.000 km², aproximadamente 300 km de Leste a Oeste e 180 de Norte a Sul, constituindo uma dos planaltos e regiões naturais mais extensas da Península Ibérica.

Análise e interpretação da obra:

O livro é estruturado em duas partes, a primeira maneirista, enquanto a segunda é mais barroca. Enquanto a primeira parte da obra deixa a impressão de liberdade máxima, a segunda parte produz a sensação constante de nos encontrarmos encerrados em limites estreitos. Essa sensação é sentida mais intensamente quando confrontada com a primeira parte. Se anteriormente, a ironia era, sobretudo, uma expressão amarga da impossibilidade de dar realidade a um ideal, com a segunda parte nasce muito mais da confrontação das formas da imaginação com as da realidade. Cervantes dá a sua própria definição da obra: "orden desordenada (...) de manera que el arte, imitando à la Naturaleza, parece que allí la vence". O processo adotado por Cervantes - a paródia - permite dar relevo aos contrastes, através da deformação grotesca, pela deslocação do patético para o burlesco, fazendo com que o burlesco apague momentaneamente a emoção, estabelecendo um entrelaçado espontâneo de picaresco, de burlesco e de emoção. O conflito surge do confronto entre o passado e o presente, o ideal e o real e o ideal e o social.

Dom Quixote e Sancho Pança representam valores distintos, embora sejam participantes do mesmo mundo. É importante compreender a visão irônica que o romancista tem do mundo moderno, o fundo de alegria que está por detrás da visão melancólica e a busca do absoluto. São mundos completamente diferentes. Sancho Pança o fiel escudeiro de Dom Quixote é definido por Cervantes como "Homem de bem, mas de pouco sal na moleirinha". É o representante do bom senso e é para o mundo real aquilo que Dom Quixote é para o mundo ideal. Por fim, a história também é apresentada sob a forma de novela realista: ao regressar a seu povoado, Dom Quixote percebe que não é um herói, mas que não há heróis

Escola literária a qual pertence:

Classicismo.

Crítica da obra:

Dom Quixote é uma obra magnífica. Gastei simplesmente dois anos e meio
para lê-la, mas valeu a pena. É incrível como a insanidade de um ser
pode virar uma poesia. Como a amizade de duas pessoas pode te envolver,
assim como envolveu por todos esses dias até os dias de hoje. É uma
obra de cabeça genial. Descreve um lirismo característico da época( que
é o amor de Dom Quixote por sua amada Dulcinéia Del Toboso) O livro
mostra também outras facetas, que são as do hilariante e fiel escudeiro
Sancho Pança. Sancho com seus ditos populares e engraçados a irritar
seu amo. Enfim, é pegar o livro e viajar em cada página, absorver cada
lição de vida e guardar para sempre e a sete chaves na cabeça e no
coração.O "Cavaleiro da Triste Figura" como é alcunhado nosso herói que
faz de tudo para provar seu amor à sua amada. só não cumpre sua
promessa com o sempre esperançoso e aflito escudeiro Sancho Pança.
Na minha opinião é realmente uma obra prima, originada dos frutos
de uma imaginação mágica.

Anexos:

Bibliografia, Webreferências

Imagens:
http://www.utsa.edu/today/2005/04/quixote.cfm?585C05110F421C57314F027D55

Textos:
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u139.jhtm

Critica da obra:
http://www.netsaber.com.br/resumos/ver_resumo_c_4223.html

Agradecimentos:

Agradecemos,primeiramente a Deus,a professora Irana
por ter nos propocionando este momento tão magnifico de adquirimos
conhecimento e prazer pela leitura,seremos gratos eternamente .

obrigado.

Equipe:



















Beatriz Barbosa
Carolina Silva
Caroline Moreira
Eriane Santos
Ingrid Pereira
Luana Cordeiro
Rejane Campos